terça-feira, 23 de outubro de 2018

Substantivo negativo e conjunção alternativa: deixam leitor curioso



"Nem todo eleitor de Bolsonaro é 'fascista', racista e machista"
(Carta capital, 19/10/2018).
Foto: Ricardo Stuckert.
A manchete acima apresenta uma fala de Guilherme Boulos do PSOL em uma entrevista para a revista "Carta Capital". Sua fala ganha destaque na manchete levando o leitor desde o primeiro momento a ter interesse pela leitura, já que a manchete traz substantivos negativos, e também, porque Boulos é de um partido oposto à Bolsonaro. Em "nem todo eleitor é", o verbo "ser" acontece no tempo presente “é” e a frase por completo exprime negação que nos faz entender que "nem todos", ou "em exceção de alguns" ou "não é a maioria" que tem essas características, destacadas pelos substantivos "fascista, racista e machista", trazendo a ideia de que normalmente pessoas com esse perfil votariam nele. Leva o leitor a refletir o porquê pessoas que não se encaixam nos substantivos acima votariam no Bolsonaro, dessa forma, a matéria estará à disposição para mostrar quem são essas pessoas. 
Afinal, Jair Bolsonaro é ou não é fascista?
(Folha de São Paulo, 21 de outubro de 2018).
A matéria do jornal Folha de São Paulo traz como manchete o questionamento que se refere a Jair Bolsonaro: seria ele fascista ou não? Leva o leitor a querer saber a veracidade desse substantivo empregado a ele. O advérbio "afinal" é sinônimo de enfim, finalmente ou por fim (chegou a hora de saber a verdade). O verbo “ser” visto nas demais manchetes, acontece no tempo presente trazendo a sensação de agora. E, por fim, a conjunção “ou” alterna os opostos “se é (sim) ” e “não é” e também traz à tona a incerteza.

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