terça-feira, 23 de outubro de 2018

Advérbio "mais" e verbo "ser" usados para efeito de intensidade e curiosidade em manchete


Melania Trump diz que deve ser a pessoa que 'mais sofre bullying' no mundo
 (G1 Globo, 11 de outubro de 2018).

Foto: Reuters/Carlo Allegri.
Na manchete acima Melania Trump diz que deve ser a pessoa que "mais sobre bullying" no mundo. O verbo "diz" é sinônimo de expor, manifestar ou simplesmente proferir uma opinião. E no verbo "deve" mostra a expressão da ideia de talvez ser, ou pode ser uma pessoa detestada por muitos, mas o fim da manchete reforça ainda mais essa ideia como, por exemplo no trecho: "mais sofre bullying no mundo”. O advérbio "mais" pode ser o designativo de aumento, grandeza ou comparação, muitas pessoas ao nosso redor sofrem bullying, mas ao afirmar que ela deve ser a que “mais” sofre leva o leitor a se questionar o porquê entre todos, ela é o alvo de tantas críticas. E, o substantivo "mundo" nos apresenta um grau ainda mais grave da situação, levando ao leitor a se questionar se de fato no mundo inteiro ela seria a mais odiada e só se descobre se sim ou não ao ler toda a matéria, concluindo assim, a intenção de quem criou a manchete.
Melania Trump diz ser a pessoa que mais sofre bullying no mundo
 (Folha de São Paulo, 11 de outubro de 2018).
A manchete acima tem o mesmo conteúdo da primeira sobre Melania Trump, mas nos apresenta um outro sentido ao ler, pois pequenas mudanças na construção da frase que poderiam até passar desapercebido nos traz um olhar diferente. Na primeira manchete Melania diz "que deve ser" a pessoa que mais sofre bullying no mundo, nessa manchete ela diz "ser" a pessoa que mais sofre, o verbo "ser" nos remete a uma condição ou circunstância determinada, uma afirmação ou conclusão. Se na primeira manchete havia um sentido de dúvida ou simplesmente um desabafo, nessa segunda encontramos uma confirmação da parte de Melania, instigando mais uma vez o leitor de querer entender o porquê de tal afirmação.

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