terça-feira, 23 de outubro de 2018

Hiperonímia e hiponímia e seus efeitos em uma machete


EMPRESAS BANCAM CAMPANHA ILEGAL CONTRA FERNANDO HADDAD PELO WHATSAPP
(Olhar digital, 18 de outubro de 2018).

O verbo “bancar” pode significar tomar ares de fingir, exemplo: ele bancou o bobo. Como também podem pode significar bancar o jogo, ou seja, financiar ou pagar algo. Logo, tem como sinônimos as palavras: financiar, custear, pagar, assemelhar e fingir. Nenhuma dessas palavras traz um significado vantajoso para as “empresas”, dessa forma as empresas são o alvo que o jornal quer atingir ou deixar em destaque através da negatividade do verbo “bancar”. O substantivo “empresa” é hiperônimo e, por isso, abrange um grupo de todos que fazem parte da empresa: empresários, contadores, auxiliar de limpeza, etc. Adiante, temos o adjetivo “ilegal” que tem o prefixo “i-” que traz à palavra o sentido de negação ou privação. Por fim, temos o advérbio “contra” que também traz um sentido negativo. E, quando “contra” é usado como preposição também traz sentido de oposição.

Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp


(Folha de São Paulo, 18 de outubro de 2018).


Ao contrário da manchete anterior, esta não traz uma negatividade para as empresas, e, sim, para os empresários. O substantivo “empresários” é hipônimo, pois, abrange apenas um grupo específico de pessoas que têm como diferencial uma profissão privilegiada de grande poder. Dessa forma, percebemos que o jornal não quer atingir de forma negativa as empresas, pois retira a possiblidade de atingir todas as empresas, se restringindo apenas à empresários, excluindo outras pessoas que fazem parte de uma empresa: Auxiliar de limpeza, telemarketing, técnicos de eletrônica, etc. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário